"Não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito." William Shakespeare
Foge do controle esse sentimento ruim, não queria estar assim mas estou, para a sua e minha própria decepção... É como estar num quarto escuro e não ter noção de como sair de lá. Enquanto tudo parecia sólido, verdadeiro, próximo e dentro das minhas expectativas estava fácil continuar acreditando, mas agora a realidade mostrou a sua outra face, e encará-la no fundo dos olhos é muito mais difícil.
Tento de todas as maneiras desviar meu olhar triste, e não aparentar o gosto amargo e salgado que sinto em minha boca, que talvez sejam das lágrimas que não permiti sairem ainda... O nó na garganta, a confusão de idéias, esse turbilhão adrenalínico que não causa emoção mas desistimula...
Esperar por um acontecimento que não vai mais acontecer e mais uma vez culpar-me por não ter feito diferente.
Será comum um ser humano ser realmente humano? Nesse momento meu lado humana só quer continuar sozinha, na companhia dos meus pensamentos, sem ouvir nenhuma outra voz que não seja do meu próprio grito interior, quero por um tempo, mesmo que só alguns minutos ter a liberdade de sofrer, chorar e até sentir pena de mim mesma... Que seja meu momento, pois não preciso que mais ninguém faça isso por mim.
Não é a primeira vez que acontece, certamente não será a última, que mesmo com o sol ardendo na tarde lá fora, imagino uma madrugada fria e chuvosa convidativa ao sono, onde necessito dormir para sonhar outra vez. Somente assim, permito que as novas possibilidades se mostrem... neste meu silêncio permito-me ouvir a voz de Deus que de algum jeito me prova que não me abandonou.
É dificil lidar com nossa humanidade, cheia de falhas, decepções e incredulidades... mas ser humano é ser fraco, e não omitir essa fraqueza é o que nos torna realmente fortes... Fortes pra reconhecer que não estamos sempre no controle, que não somos nem seremos perfeitos, mas que precisamos continuar crescendo.
Arianinha.